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Qual é a relação da Psicofarmacologia com a Psicoterapia?


Qual é a relação da Psicofarmacologia com a Psicoterapia?

 

A indicação de medicamentos não faz parte das atribuições do profissional da Psicologia, mas muitos psicólogos, principalmente os ligados à área da saúde ou clínica, precisam de conhecimentos sobre psicofarmacologia em sua atuação. Isso é necessário porque é comum acompanhar pacientes que fazem uso constante de medicamentos prescritos por psiquiatras e outros médicos.

 

Assim, mesmo não sendo um conhecimento próprio da atuação na ciência psicológica, saber quais são e como agem os psicofármacos é fundamental para atender com qualidade as pessoas que se utilizam deles em seus tratamentos.

 

Na Recovery House, os pacientes que procuram os tratamentos e atendimentos psicológicos no ambulatório ou os residentes da moradia assistida / residência terapêutica podem contar com profissionais capacitados para esse tipo de demanda.

 

  • O que são psicofármacos?

 

Esses medicamentos também podem ser conhecidos por outros termos, como psicotrópicos ou substâncias psicoativas. Todos eles se referem, ainda que de forma inespecífica, a remédios que atuam no sistema nervoso central e são usados no controle de transtornos mentais, como os transtornos de ansiedade. Podemos citar como exemplo os ansiolíticos, os antidepressivos, os estabilizadores de humor e os antipsicóticos.

 

No senso comum, essas substâncias também costumam ser chamadas de remédios controlados ou “tarja preta”. Entretanto, nem todos os psicofármacos estão de fato nessa classificação. Além disso, esses termos têm origem no preconceito que, infelizmente, ainda existe em relação às dificuldades psíquicas. A falta de informação faz com que muitas pessoas tenham medo ou resistência diante da prescrição desses medicamentos.

 

No entanto, os conhecimentos da psicofarmacologia proporcionam grandes avanços na qualidade de vida de pessoas acometidas por transtornos emocionais. O desenvolvimento dessa ciência mudou a história do tratamento das doenças mentais — permitindo a diminuição das internações em hospitais psiquiátricos nas últimas décadas.

 

Os efeitos que os medicamentos têm no sistema nervoso central influenciam os processos mentais, podendo alterar as emoções, as percepções e os comportamentos dos pacientes. Em muitos casos, os remédios são necessários para que a pessoa encontre maior equilíbrio psicológico e possa aderir à terapia.

 

  • Qual é a relação da psicofarmacologia com a psicoterapia?

 

Como falamos, a prescrição de medicamentos não é uma atribuição do psicólogo. Apenas médicos podem se responsabilizar por essa tarefa. Geralmente, o psiquiatra é o profissional mais capacitado para acompanhamento de pacientes com transtornos psíquicos, mas médicos de outras especialidades também podem receitar psicofármacos.

 

Então, qual é a importância de o psicólogo ter conhecimento sobre psicofarmacologia se ele não atua diretamente diagnosticando e medicando pacientes?

 

A relevância fica clara quando falamos em um acompanhamento multidisciplinar. As pessoas que buscam psicoterapia e tomam medicamentos demandam que o terapeuta acolha suas experiências e tenha informações sobre o tipo de remédio utilizado.

 

Além disso, pode ser necessário que o psicólogo e o psiquiatra trabalhem juntos em determinados tratamentos. Para isso, é fundamental que haja uma aproximação entre os dois, de forma que um entenda as especificidades do trabalho que o outro profissional está realizando. Essa atuação conjunta aumenta a confiança e potencializa os resultados do paciente.

 

Alguns profissionais da Psicologia têm um distanciamento ou mesmo um preconceito em relação aos saberes psiquiátricos. É certo que dificilmente um tratamento medicamentoso conseguirá de forma isolada extinguir os sintomas dos transtornos psíquicos, mas é preciso reconhecer também que, em diversos casos, eles são indispensáveis para a qualidade de vida dos pacientes.

 

Assim, o ideal é que haja uma complementaridade entre a psicoterapia e os atendimentos psiquiátricos com uso da psicofarmacologia. Com o tempo e o acompanhamento adequado, é possível que muitos pacientes tenham o uso do medicamento interrompido.

 

Os conhecimentos e a postura do psicólogo têm grande importância na adesão das pessoas ao tratamento. Em muitos casos, é ele quem indica que o paciente procure um psiquiatra. Além disso, o suporte psicológico pode ser essencial no sentido de contatar profissionais, prestar esclarecimentos e acolher a pessoa em sua experiência de adaptação aos efeitos dos medicamentos.

 

Nesse sentido, entender de psicofarmacologia, ou seja, saber como os fármacos são desenvolvidos e como atuam nos diversos casos de sofrimento psíquico, é importante para o psicólogo. Além disso, também é essencial conhecer os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos. Será útil, por exemplo, quando um paciente externar na terapia o incômodo com o excesso de sono causado por alguns tipos de medicação.

 

A experiência que os profissionais da Recovery House tem em trabalhar conjuntamente com outros profissionais de saúde, como os psiquiatras agregam bastante para evolução do paciente.

 

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Fonte: Ellopsicologia Imagem: Freepik

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